2015-06-08



Quando terminamos a leitura de um artigo da revista francesa Pierre Actual (3/2015) atacamos imediatamente a geladeira de nosso escritório, abrimos as garrafas de cerveja e bebemos todas.

Não, nenhuma de nossas cervejas tinha sabor mineral.

É exatamente isso que diferencia a „BamBam Steenbier“ (cerveja de rocha BamBam), que é produzida na cidade holandesa de Leiden pela empresa de cantaria BamBam Steenhouwers e pela cervejaria local Leidsch Bier, e assim descrita pela Pierre Actual: „Ela tem cor amarelo claro e dourado, moderadamente adoçada e deixa na boca um gosto mineral. Palatável, mas com sabor inconfundível.“

A força motriz dessa inovação culinária foi o aniversário de cinco anos que a BamBam Steenhouwers comemorou em 2014. A empresa tem como proprietários Marc de Groot e Steven Janse, além do funcionário Gillis Nienhuis, e é principalmente ativa no setor de restauração.

Ao debaterem uma campanha de marketing para comemorar dignamente o aniversário, conversaram com Jan-Willem Fukkink, da cervejaria Leidsch. Fukkink contou que antigamente era muitas vezes acrescentada uma pedra no processo de fermentação da cerveja: ela era aquecida fortemente e contribuía para que em uma determinada fase de maturação seu excesso de calor ajudasse na conversão química de lúpulo e malte em cerveja.



Hoje, esses cantareiros cervejeiros da BamBam Steenhouwers aquecem suas rochas a 700 graus e penduram ela dentro da bebida quente. Trata-se de um cubo, que mede 20 x 20 x 20 cm, aproximadamente. Ele pesa cerca de 20 kg, de modo que se pode facilmente movê-lo e ele também se encaixa facilmente em um forno convencional.



Em inúmeros testes os cantareiros-cervejeiros aperfeiçoaram o processo.

Na maioria das vezes uma peça assim participa de muitas feituras de cerveja.

Mais sobre esse know-how nós não queremos revelar, apenas que no caso da pedra se trata de granito e, evidentemente, originário da Baviera. „Testamos diferentes tipos de rochas na água fervente“, nos escreve Marc de Groot, „O arenito oferece um sabor lamacento, a lava das montanhas Volvic, na França, deixa a cerveja com um gosto metálico.“ E além disso: „O granito da Baviera não se racha fácil com o calor.“

E no entanto nenhum rocha tem o mesmo efeito da outra – isto não deixa a Steenbier com um gosto diferente a cada lote? Marc de Groot não tem problemas com isso: „Eu gosto muito de que a cerveja tenha a cada edição um gostinho diferente“, diz ele na publicação da Pierre Actual.

A produção da cerveja ocorre na Leidsch Bier. Os cantareiros-cervejeiros estão sempre envolvidos com o tema – quer dizer, quando os trabalhos de restauração permitem, claro. Em três fases são preparados cerca de 1.000 litros de cerveja: „Em primeiro lugar, fazemos um teste com 200 litros, seguido por dois processos com 400 litros“, conta Marc de Groot.

A bebida é vendida em uma embalagem especial. Eles também selecionam os bares que oferecem essa cerveja de pedra como uma especialidade em seus cardápios.

A propósito: na região perto de Hauzenberg, na Baviera, onde a Alemanha tem um centro de extração de granito e também um museu de rochas, é produzido um gin-granito: A destilaria Penninger filtra essa bebida com aquela rocha. Há também em cada garrafa um pequeno pedaço de granito, que pode ser usado como um cubo de gelo.

BamBam Steenhouwers (em holandês)

Leidsch Bier (em holandês)

Pierre Actual, baixe texto por 5 Euros (em francês)

Hausbrauerei Penninger (em alemão)

Granitzentrum Bayerischer Wald, Hauzenberg (em alemão)

Fotos: BamBam Steenhouwers

(09.06.2015)

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