2012-07-25

Promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi realizado em Aparecida/SP, o 3º Encontro Nacional da Pascom. O tema para reflexão foi “Identidade e Missão”. A abertura do evento teve palavras de Dom Dimas Lara Barbosa – presidente da Comissão Episcopal da Pastoral da Comunicação, Dom José Maria de Melo – referencial para a Comunicação do Regional Sul 1, e dos assessores da Comissão de Comunicação da CNBB – Ir. Élide Fogolari e Pe. Clovis Andrade.  Após as falas, com o tema “Comunicação e informação: Igreja e Sociedade”, o jornalista, Professor Doutor – Carlos Alberto Di Franco, iniciou a palestra “Profissionalismo e testemunho de Fé”, dizendo que suas palavras seriam sobre temas para ajudar na reflexão. Citou que Friedrich Nietzsche disse há um século que Deus está morto, e que passado este século, depois destas palavras, constata-se que este grande acontecimento já chegou aos ouvidos de boa parte da massa contemporânea, para quem Deus não é mais que uma abstração. Isto é o analfabetismo religioso, e um preâmbulo realista dos fatos. A resposta para isto ele acredita que está na experiência com Jesus Cristo: “um programa que não muda, embora se leve em conta a conjuntura histórica para o diálogo”. Falou dos discursos dos papas João Paulo II e Bento XVI, e disse que aí está a comunicação institucional da Igreja, transmitindo sua mensagem sem ambigüidade, contendo identidade, missão, doutrina clara e reputação, que resulta em alteridade e prestígio.
Falou das mobilizações que os papas já fizeram em todos os lugares que passaram, e disse que a magia da santidade é o segredo do marketing que atrai as multidões. E mais: a Jornada Mundial da Juventude pode mudar a cara da Igreja no Brasil. Mas isso depende de cada um ali presente, de levar a proposta cristã para a agenda pública. Porém, isto exige profissionalismo e não amadorismo. A comunicação institucional da Igreja passa pelo reforço de sua identidade, pela paixão da missão e clareza de sua doutrina. É necessário investir em recursos humanos e profissionalismo, e disse que aí está a diferença: não é só o suporte tecnológico, mas é a competência de seu quadro humano. Não se pode sucumbir ao amadorismo e o público jovem, a juventude real deve receber um tipo comunicação que a atraia, algo bem feito, para ela ser convencida e acreditar. Governar é comunicar, comunicar é governar.     

O dia 20 começou com a celebração eucarística presidida por Dom Dimas, seguida de uma videoconferência com Dom Claudio Maria Celli – direto de Roma. Mesa Redonda sobre o sentido da comunicação, Fundamentação Teológica e Pastoral da Comunicação e como se organizar uma Pastoral da Comunicação. Á tarde houve várias oficinas sobre Planejamento, Elaboração de Projetos, Captação de Recursos, Linguagem específica da Web Radio, Evangelização no Radio, Comunicação nas Rádios Comunitárias, na Catequese, Liturgia e Juventude, Webjornalismo, Redes Sociais e Mídias Convergentes. O dia 21 iniciou com a Leitura Orante da Bíblia, Mesa Redonda  Pascom e a pessoa digital, e Rede de Informática da Igreja. Á tarde novas oficinas sobre Pascom na Web Radio, Rádios Comerciais, Rádios Comunitárias, Mídias Sociais na Catequese, na Liturgia e Juventude, Webjornalismo, Redes Sociais e Convergência Midiática. O dia 22 iniciou com a solene celebração eucarística no Santuário, Plenárias envolvendo grupos de trabalhos dos Regionais, solenidade de encerramento com envio dos discípulos missionários da comunicação.

Por: Reinaldo Oliveira
edicarlos.mutirao@gmail.com

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