2015-07-10

44 operários mortos e 11 desaparecidos nas obras das usinas de Jirau e Santo Antônio e do linhão de transmissão. E é o que veio à público. Governo Dilma/Lula/PT é cúmplice da matança e junto com Judiciário de Rondônia ainda criminaliza operários desaparecidos e grevistas.



Operário sinaleiro esmagado por grua na UHE Jirau, após trabalhar duas noites seguidas sem dormir

Nos canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, e na instalação do linhão de transmissão de energia elétrica Porto Velho-Araraquara, quarenta e quatro operários tiveram suas vidas ceifadas no período de 2010 a maio/2015,  e onze operários estão desaparecidos (dez desde a brutal repressão à greve de abril de 2012). Ressalte-se que essas 44 mortes são as que vieram a público e foram noticiadas. Os operários denunciam a ocorrência de muitas outras mortes, desaparecimentos e mutilações,  que são encobertas nas obras das usinas do Madeira e do linhão. Relatam também que muitas outras mortes de operários por malária no ínicio da obra, no período de desmatamento, também não vieram a público.

Dez trabalhadores da obra de Jirau que estão desaparecidos desde abril de 2012, após a brutal repressão policial contra a greve, dia 03/04/2012. Na ocasião, o governo desencadeou a operação policial “Vulcano”, a tropa da polícia militar e força nacional de segurança invadiram o canteiro de obra de madrugada, prenderam e torturaram operários e segundo denúncias dos trabalhadores espancaram até a morte o operário Francisco de Souza Lima, 63 anos. Uma grande campanha de desinformação e criminalização da greve foi montada pelo governo e os operários presos foram tratados como “vândalos” e “bandidos” pelos órgãos dos monopólios de imprensa à serviço da Camargo Corrêa e consórcio ESBR (GDF Suez & outras). O promotor Rodrigo Leventi Guimarães – (ação penal nº 0004388.89-2012-822-0501 – TJRO) – pediu a absurda condenação dos 24 operários por supostos e inverídicos crimes de “formação de quadrilha ou bando,  furto qualificado, dano, incêndio, constrangimento ilegal e extorsão. Na denúncia do promotor Rodrigo Leventi Guimarães os 24 operários constam como “recolhidos no Pandinha”, mas dez destes trabalhadores não foram localizados e encontram-se desaparecidos até hoje. Boatos circularam na região que teriam “descido o Madeira”, ou seja, teriam sido mortos e jogados os seus corpos no rio Madeira. Outro operário, Freudjonison dos Santos Melo, está desaparecido desde dezembro de 2011.

O judiciário além de atuar na repressão aos operários não moveu uma palha para descobrir as circunstâncias do desaparecimento dos operários. Ao contrário, o podre judiciário de Rondônia, que têm histórico de conluio com a Camargo Corrêa, Odebrecht, ESBR, GDF-Suez e outras grandes empreiteiras segue é criminalizando os operários. Desde 13/04/2012, uma arbitrária ação penal (nº 0004388-89.2012.8.22.0501) é movida contra os 24 operários que trabalhavam em Jirau na época da multidinária paralisação.

Nova arbitrária audiência de instrução e julgamento está marcada para o próximo dia 16 de julho de 2015 na 1ª Vara Criminal do Fórum de Porto Velho, às 8:30 horas, enquanto permanecem desaparecidos (e sem qualquer esclarecimento por parte do Estado) os operários: José Ribamar dos Santos, Leonilson Macedo Farais, Herbert da Conceição Nilo, Sebastião da Silva Lima, Antônio da Silva Almeida, Lucivaldo Batista Moraes Castro, Ismael Carlos Silva Freitas, Antônio Luis Soares Silva, Cícero Furtado da Silva e João de Lima Fontinele. Os outros operários, que ficaram até 120 dias presos, foram torturados, e só foram soltos através de habeas corpus, respondem ao processo em liberdade. No tendencioso processo que transforma vítimas em réus e criminaliza a justa greve dos operários, o judiciário de Rondônia cerceia a convocação e audiência de testemunhas de defesa, enquanto aceitou todo tipo de gestão da Camargo Corrêa e do consórcio ESBR para enquadrar os operários como “vândalos e criminosos”.

A Camargo Corrêa e o consórcio ESBR são quem deveriam ser investigados pela autoria e execução do incêndio que, estranhamente só destruiu os alojamentos e pertences dos operários. A Camargo Corrêa tinha interesse no incêndio para acabar com a greve, açular a polícia contra os operários, caracterizá-los como “bandidos e vândalos” para assim retirar o cunho trabalhista dos eventos, justificar a repressão e também agregar argumentos na demanda judicial, que trava pelo pagamento de seguro em cortes internacionais. O valor da demanda é bilionário, pois a Camargo Corrêa pede R$ 400 milhões, mais perdas alegadas pelo atraso da obra, que podem totalizar cerca de R$ 1 bilhão; e só caracterizando a situação como de origem criminosa que teria direito ao recebimento dos valores.

Apesar de financiadas com recurso público exorbitante, desviados do FGTS e FAT, as condições de segurança do trabalho na execução das obras carecem de fiscalização. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior financiador dessas obras das UHEs de Jirau, Santo Antônio e do linhão, combinando financiamento direto com repasses através de outras instituições financeiras, sobretudo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Mesmo assim, o governo não atua para exigir condições adequadas de trabalho; ao contrário, age é para cercear as fiscalizações na obra.

Em agosto de 2013, a Delegacia Sindical em Rondônia do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – SINAIT, através de Carta Aberta, reclamou da interferência política nas ações no Estado, e denunciou que, após embargo de um canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, a categoria passou a sofrer constrangimentos e restrições. Entre as denúncias, está a interferência no embargo de Jirau por parte de Ruy Parra Motta, ex-superintendente local e assessor do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. “Após o encerramento da diligência, o auditor foi contatado pelo assessor do ministro, Sr. Ruy Parra Motta, em mais uma tentativa de abalar e demover o agente de cumprir o seu papel”, diz o documento. Os auditores também reclamam do fato de terem sido proibidos de embargar obras sem autorização e denunciaram que a superintendente Ludma de Oliveira Correa Lima restringiu o poder dos agentes, tirando a independência da fiscalização e impedindo que as equipes ajam com a agilidade necessária para garantir a segurança de trabalhadores em risco.

A Camargo Corrêa, através de seu gerente de Segurança do Trabalho, Luiz Carlos Fernandes, também atuou para impedir os embargos, denunciaram os auditores-fiscais. No final do mês de março de 2014, a superintendente Ludma de Oliveira, uma das investigadas pela Operação Trama, organizada com o “objetivo de desarticular organização criminosa composta por servidores públicos, empresários e particulares responsáveis por fraudes no pagamento com cartões corporativos, pagamento de diárias sem o correspondente deslocamento a serviço e possíveis fraudes em licitações”, foi presa pela Polícia Federal com base nos artigos 288 do Código Penal, que trata de formação de quadrilha; e 312, que versa sobre peculato, ou seja, desvio de dinheiro ou bens por funcionários públicos. Foi solta poucos dias depois.

O proprietário da UHE de Jirau é o consórcio “Energia Sustentável do Brasil (ESBR)”, formado majoritariamente pelas empresas transnacionais, a francesa GDF SUEZ (40%) e a japonesa Mitsui (20%), mais as brasileiras Eletrosul (20%) e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf (20%). A construção está a cargo das empresas Construções e Comércio Camargo Correa S/A, Enesa Engenharia S/A, J. Maclucelli e várias subcontratadas. O custo de R$ 8,7 bilhões previsto inicialmente, já ultrapassou R$ 17,4 bilhões.

O proprietário da UHE de Santo Antônio é o consórcio “Santo Antônio Energia”, formado pelas empresas Furnas Centrais Elétricas (39%), Caixa FIP Amazônia Energia (20%), Odebrecht Energia do Brasil (18,6%), SAAG Investimentos (12,4%) e Cemig Geração e Transmissão (10%). A construção está a cargo das construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e outras mais de 50 subcontratadas. O custo saltou de R$ 9,5 bilhões previsto inicialmente para R$ 19,2 bilhões em fevereiro de 2014.

Nesse PAC tão decantado pelo governo federal, impera a utilização de mão de obra de trabalhadores migrantes, tráfico de pessoas, trabalho degradante e todo tipo de abusos. Palco de duas rebeliões, Jirau como Santo Antônio, tem rotina marcada pela insegurança. Nos alojamentos precários, os operários relatam casos de trabalhadores concretados nos pilares, outros mortos e desaparecidos na mata, corpos que “desceram o Rio Madeira” e relatos de quedas de armadores, homens que ficaram dependurados apenas por cintos em estrutura de até 45 metros de altura. “Quando a pessoa cai, a ambulância leva e, depois, não vemos mais o trabalhador. Não sabemos se morreu ou não” – conta um operário. Outro operário afirma: “Aqui em Jirau não morre ninguém, só no caminho para Porto Velho.” Ou seja, em casos de acidentes fatais, a obra não é paralisada para ser feita perícia e levantamento das causas como determina as normas de segurança do trabalho; o corpo é removido imediatamente, sob a alegação de socorro à vítima.

Os acidentes, desaparecimentos e mortes ocorridas nas obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira são tratados com total falta de transparência pelas empresas dos consórcios construtores e pelo governo. Denúncias de torturas, tráfico de pessoas, maus tratos e mortes já foram levadas à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, CPI do Tráfico de Pessoas, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos do governo federal. Diligência dos membros da Comissão de Direitos Humanos, Padre Ton (PT-RO), e Domingos Dutra (PSB-MA), feita às obras da Hidrelétrica de Jirau, dia 22/03/2012, para constatar as violações de direito, constatou a veracidade das denúncias.

A comissão elaborou um relatório detalhado sobre o cenário encontrado, com depoimentos de trabalhadores e representantes de classe, e sete “encaminhamentos à Justiça”. Foi proposta a responsabilização criminal dos gestores públicos por “violações” de ordem trabalhista e referentes às liberdades civis. O motivo: a estrutura precária dos alojamentos e as más condições de trabalho e de convivência entre os operários; além de casos até de exploração sexual de crianças e adolescentes denunciados por entidades envolvidas com a causa, como o Movimento dos Atingidos por Barragens e o Conselho Indigenista Missionário. A Liga Operária acompanhou um dos operários torturados, Raimundo Braga, que fez contundente revelação sobre tortura, trafico de pessoas e trabalho escravo, em depoimento a CPI do Tráfico de Pessoas e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.

“Acidentes de trabalho” são assassinatos premeditados

Essas mortes decorrentes dos chamados “acidentes de trabalho” são, na verdade, assassinatos premeditados,cometidos pelas gananciosas grandes empreiteiras e empresas terceirizadas que não adotam as devidas medidas de segurança coletiva e impõem jornadas de trabalho brutais, péssimas condições de trabalho, humilhações aos trabalhadores, etc. Somente nas obras de instalação do linhão de transmissão das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, morreram dezoito operários, sendo, no último mês de julho/2014, seis operários terceirizados, aliciados no Peru.

A Justiça do Trabalho, em maio/2014, determinou que a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE-MT) fiscalizasse com urgência os canteiros de obra, alojamentos e frentes de trabalho das empresas de energia, Alta Energia, Tabocas, Alusa, Sanden e Norte Brasil, nos municípios de Nova Lacerda, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. A medida requerida pelo MPT-MT, foi na tentativa de pôr fim às mortes e irregularidades no ambiente de trabalho (sete mortes de trabalhadores do linhão computadas no Estado). O MPT pediu, ainda, que as empresas sejam condenadas ao pagamento de indenização de R$18 milhões. Muitos outros processos e multas milionárias já foram arbitradas contra os consórcios e empresas terceirizadas das usinas.

Relação das mortes de operários que vieram ao conhecimento público

Esta é a relação dos 44 trabalhadores que foram mortos nas obras das Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio e do “linhão” de transmissão (com as respectivas fontes das notícias). Essas obras são tidas pelo oportunista governo FMI/Dilma/Lula/PT como das mais importantes do dito PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que só tem trazido destruição e mortes para os trabalhadores:

+ 03/06/2015 – Carlos de Souza Gomes Filho, 22 anos, casado, natural de São Francisco do Conde, Bahia, mecânico montador, empregado da Enesa Engenharia, eletrocutado pela culpa e negligência da Enesa/ESBR/GDF SUEZ, ao executar serviço de retirada de peça do bulbo de uma das turbinas, quando a peça tocou um cabo elétrico desencapado.  Os trabalhadores de Jirau denunciam que existem cabos elétricos espalhados para todo lado na obra e que é o maior perigo. Os operários de Jirau também denunciaram que empresa tentou encobrir o “acidente” e remover os corpos para a cidade de Porto Velho para depois dizer que as mortes aconteceram à caminho do hospital, como é praxe na obra. ( http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/06/falta-de-seguranca-pode-ter-causado-mortes-em-usina-de-ro-diz-ministerio.html )



Carlos Gomes de Souza Filho

Cabos elétricos para todo lado, total falta de medidas coletivas e individuais de proteção provocam mortes de operários

+ 03/06/2015 – Darci Gomes Lisboa, 37 anos, casado, natural do município de Seringueiras, em Rondônia, mecânico montador, empregado da Enesa Engenharia, eletrocutado pela culpa e negligência da Enesa/ESBR/GDF SUEZ, ao executar serviço de retirada de peça do bulbo de uma das turbinas, junto com Carlos de Souza Gomes, quando a peça tocou um cabo elétrico desencapado.



Darci Gomes Lisboa

Péssimas condições de trabalho provocam mortes nas obras do PAC construídas com dinheiro público

+ 06/11/2014 – Helio Fagner de França, 31 anos, eletricista, terceirizado, funcionário de uma empresa que presta serviços à Eletrobrás Distribuição Rondônia, sofreu queda de mais de 30 metros de altura, próximo a Br-364 km 96 ,na Cidade de Itapuã do Oeste após o precário equipamento conhecido como “bicicletinha” se desprender dos cabos da torre de transmissão quando realizava serviço de instalação de isoladores na rede elétrica. Hélio sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e foi à óbito quase que instantaneamente. ( http://alertarondonia.com.br/noticia/eletricista-morre-apos-sofrer-queda-de-torre-em-itapua-do-oeste,itapua-do-oeste,6457.html )

Precário equipamento de trabalho de empresa terceirizada da Eletrobrás na obra de instalação do linhão causa mais mortes. Operário Hélio França sofreu queda de 30 metros de altura.

+ 07/07/2014 – Liner Mozombite Cartagena, 40 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, sul de Rondônia, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.

Seis operários peruanos esmagados após queda da torre, devido a precariedade e total falta de segurança no trabalho

+ 07/07/2014 – Raúl  Wolfredo Blas Carranza, 37 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.

+ 07/07/2014 – Alcides Antonio Cainicela Caparachín, 47 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.

+ 07/07/2014 – Bernardo Contreras Bravo, 29 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.

+ 07/07/2014 – Elio Alejandro Torres Martínes, 44 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.

+ 07/07/2014 – Manuel Jesús Tinoco Andana, 42 anos, peruano, terceirizado, morreu esmagado por queda da torre, no Município de Parecis, durante serviço de instalação da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio. (http://www.vipnoticias.com.br/noticia.php?cod=4221 , https://www.youtube.com/watch?v=N7alceE7GG0   e http://www.larepublica.pe/09-07-2014/seis-peruanos-mueren-al-desplomarse-una-torre-electrica-en-brasil )

Familiares de operários peruanos assassinados na obra do Linhão

– Esses operários terceirizados procedentes do Peru, denunciavam maus tratos, que os seus salários não eram pagos corretamente e por isso tinham intenção de retornar para o seu país, conforme denunciaram seus familiares em entrevista à imprensa. Outros 120 operários peruanos aproximadamente são explorados nessa mesma condição de trabalho escravo nesta obra. Executavam serviços terceirizados na empresa Sandem Indústria, terceirizada do Consórcio Interação Norte e Brasil, formado pelas empresas Abengoa, Andrade Gutierrez, Eletronorte e Eletrosul.

O acidente ocorreu após o rompimento de um cabo de sustentação da torre. Todas as vítimas trabalhavam, no momento da queda, no serviço de montagem, no topo da estrutura com altura de 60 metros. A execução do serviço em condições precárias, falta de treinamento, aliada à seleção e recrutamento sem critérios, contribuíram decisivamente para o acidente. “A comunicação também é um problema sério, pois os manuais estavam todos em português e não havia alguém que traduzisse as orientações para os peruanos”, denunciou o Auditor-Fiscal do Trabalho Bianor Salles Cochi, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia – SRTE/RO.

+ 01/03/2014 – Robson de Lima Silva, 23 anos, maranhense, estava ajudando a descarregar bobinas de cabos, quando foi imprensado por um caminhão contra uma parede e teve sua cabeça esmagada, em Chupinguaia, na obra de construção da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio. (http://www.extraderondonia.com.br /2014/03/01/chupinguaia-operario-tem-cabeca-esmagada-por-muck/ )

+ 04/01/2014 – Amilton Ambrosio de Carvalho, sofreu fulminante descarga elétrica, no canteiro de obras UHE de Jirau. ( http://www.comandorondonia.com/2014/01/morre-mais-um-trabalhador-na-usina-de.html )

+ 11/10/2013 – Francenilson Souza Veras, soldador, sofreu queda fatal de andaime, na UHE de Santo Antônio.
( http://www.suasnoticias.com.br/materia.asp?idmt=33802&idnot=3 )

+ 20/09/2013 – Antenor Rocha Nahum, natural de Abaetetuba, estado do Pará, eletricista de manutenção, sofreu fulminante descarga elétrica na UHE em Jirau. (http://www.newsrondonia.com.br/noticias /nota+de+falecimento+de+antenor+rocha+nahum/37643 )

+ 13/05/2013 – José Carlos da Silva, 36 anos, natural da cidade de São José Belmonte em Pernambuco, vítima de incêndio no precário alojamento da empresa Alta Energia, no município de Nova Lacerda, Mato Grosso trabalhava na instalação do linhão de transmissão das  usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

+ 13/05/2013 – Janailson Pedro da Silva, 23 anos, natural da cidade de São José Belmonte em Pernambuco, vítima de incêndio no precário alojamento da empresa Alta Energia, no município de Nova Lacerda, Mato Grosso  na instalação do linhão de transmissão das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.                                                                                    ( http://www.akitafacil.net/news/IncundionoalojamentodaAltaEnergiafazduasvitimasfataisedeixaoutrasseteferidas+N977   e  https://www.youtube.com/watch?v=dhEPN1Weaqk  )

– Além dos dois operários mortos carbonizados, outros sete trabalhadores ficaram feridos no incêndio que irrompeu na madrugada de domingo, 13.05.2013, no precário alojamento feito de madeirite. Em 2012, o MPT havia firmado acordo com a Alta Energia por fraudes documentais, retenção de Carteira de Trabalho de empregados, aliciamento e tráfico de pessoas. No acordo, a empresa foi condenada a pagar R$ 525 mil por dano moral coletivo; mas seguiu impunemente cometendo irregularidades e causando mortes.

+ 04/04/2013 – Afonso da Costa Feitosa Filho, galho de uma árvore caiu em cima do trabalhador fraturando a sua cabeça, braços e pernas, levando o operário à morte, no município de Cacaulândia, acidente na obra da linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.  ( http://www.radiowebmidia.com.br/index-site.php?pg=desc-noticia&id=1339 )

+  05/03/2013 – Edinaldo da Silva Souza, de 25 anos, eletricista, sofreu descarga elétrica e morreu depois de sofrer uma parada cardíaca no canteiro de obras  da UHE de Jirau. (http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/03/ operario-da-usina-hidreletrica-jirau-morre-apos-descarga-eletrica.html  e https://www.youtube.com/watch?v=P2hSDb9SOTM )

+ 03/2013 – Sebastião Pereira de Oliveira Neto, 20 anos, ajudante de produção, trabalhador em altura na UHE de Santo Antônio, morto em circunstâncias não esclarecidas. Seu corpo vestido com uniforme e portando documento funcional da CSAC (Consórcio Santo Antônio Civil – construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez) foi encontrado boiando em uma lagoa em Porto Velho. ( http://www.rototal.com.br/lerNoticias.php?news=7499 )

+ 15/02/2013 – Cleberson Pantoja Viana, 28 anos, paraense, morreu esmagado no desabamento de torre da linha de transmissão de energia elétrica nos arredores de Chupinguaia, em Rondônia, linha de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio.  ( http://redemeridional.liveradio.com.br/noticias/vitimas-de-torre-que-caiu-em-chupinguaia-deverao-ser-transladados-aos-estados-de-origem/ )

+ 15/02/2013 – Ronelison Santos Cruz, 19 anos, maranhense, morreu esmagado no desabamento de torre da linha de transmissão de energia elétrica nos arredores de Chupinguaia, em Rondônia, linhão de transmissão das UHEs de Jirau e Santo Antônio. ( http://redemeridional.liveradio.com.br/noticias/vitimas-de-torre-que-caiu-em-chupinguaia-deverao-ser-transladados-aos-estados-de-origem/ )

+ 09/2012 – Paulo Henrique do Nascimento, goiano, morreu esmagado por uma árvore, trabalhava derrubando árvores em área a ser alagada pela UHE de Jirau. ( http://www.apublica.org/amazoniapublica/madeira/os-trabalhadores-que-pararam-o-progresso/ e  https://www.youtube.com/watch?v=iK0bt1EbQv8#t=17 )

+ 21/08/2012- Claudemir Domingos Antonio, carpinteiro, morreu após ser atingido brutalmente por uma chapa de aço, na UHE de Santo Antônio. ( http://cptrondonia.blogspot.com.br/2012/08/as-consequencias-das-obras-das-usinas.html )

+ 14/08/2012 – Derick de Almeida da Silva, 27 anos, armador, morto por queda de uma altura de 50 metros, na área de montagem do grupo gerador II na UHE de Santo Antônio, por falta de isolamento da área de circulação.                    (http://www.rondoniaovivo.com/noticias/usina-santo-antonio-trabalhador-morre-apos-cair-de-mais-de-50-metros-de-altura/91498#.U_NI0uNdVRp )

+ 08.05.2012 – Antônio Sérgio Fernandes Ribeiro, 25 anos, natural de Conceição do Lago Açu, no Maranhão, terceirizado da empresa Alta Energia, morto por queda de uma torre do linhão de transmissão de energia, na região de Pontes e Lacerda.

+ 08.05.2012 – Antônio Ferreira da Silva, 31 anos,natural de São José de Belmonte, em Pernambuco,terceirizado da empresa Alta Energia, morto por queda de uma torre do linhão de transmissão de energia, na região de Pontes e Lacerda.

+ 08.05.2012 – Odair José Pereira Frazão, 26 anos, natural de Itapecuru-Mirim, no Maranhão, terceirizado da empresa Alta Energia, morto por queda de uma torre do linhão de transmissão de energia, na região de Pontes e Lacerda. ( http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=118669  e   https://www.youtube.com/watch?v=gznLU93qy60 )

+ 03/05/2012 – José Roberto Viana Farias, 25 anos de idade, sinaleiro, após trabalhar duas noites seguidas sem dormir, foi esmagado pela grua em rotação na UHE de Jirau. ( http://www.revistaforum.com.br/blog/2012/05/sem-espaco-para-vida-e-morte/ )

+ 25/04/2012 – Rosivaldo José dos Santos – morreu após ser atingido por peças que caíram de um guindaste no canteiro de obras da UHE Santo Antônio, em Porto Velho. (http://www.rondoniaovivo.com.br/noticias/santo-antonio-trabalhador-perde-a-vida-no-canteiro-de-obras-da-usina/87234#.U_tCX8VdVRo )

+ 03/04/2012 – Francisco de Souza Lima, 63 anos, na madrugada da violenta invasão policial da obra de Jirau operários testemunharam que o operário Francisco Lima foi agredido e muito espancado pela polícia. Seu corpo foi imediatamente retirado do canteiro de obras e divulgada a versão que ele teria morrido de infarto durante o incêndio que atingiu a UHE de Jirau. No dia seguinte foi transladado e enterrado em Manaus.
( http://acritica.uol.com.br/noticias/Amazonia-Amazonas-acidente-morto-Corpo-Hidreletrica-Jirau-RO-Manaus_0_675532513.html )

A Polícia Civil retirou às pressas o corpo do operário assassinado pela Força Nacional no canteiro de obras de Jirau

+ 09/03/2012 – Ronaldo Rosendo Almeida, de 27 anos, morto esmagado por uma carreta, UHE Santo Antônio.
( http://www.alvonoticias.com.br/Noticia.asp?Noticia=4260 )

+ 13/02/2012 – Josivan França de Sá, 24 anos, operário UHE de Jirau, assassinado por tiro disparado pelo sargento PM Francisco das Chagas da Silva, durante repressão da polícia militar  aos trabalhadores que protestavam em Jacy-Paraná contra o atraso de mais de 3 horas do ônibus que os levaria para a usina de Jirau. O tiro estralhaçalhou parte do rosto, pescoço e seccionou a artéria carótida do operário Josivan França causando sua morte fulminante na madrugada do dia 13 de fevereiro de 2012. ( http://cptrondonia.blogspot.com.br/2012/02/operario-de-jirau-morre-baleado-pela.html )

+ 12/2011 – Freudjonison dos Santos Melo, trabalhava nas obras da Usina de Jirau (construção do Distrito de Mutum Paraná – empresa BS Construtora S/A) e, segundo seus familiares, desde o mês de dezembro/2011 não mais se comunicou com a família, nem foi mais visto por conhecidos. ( http://cptrondonia.blogspot.com.br/2012/07/trabalhador-desaparecido-desde-o-dia-04.html )

+ 17/08/2011 – Valdir Pinheiro Amaral, de 31 anos, trabalhador da Camargo Corrêa morreu após ser esfaqueado por outro empregado da empresa, dentro do canteiro de obra da UHE de Jirau. Após ser ferido, agonizou durante duas horas sem receber socorro algum da empresa e morreu no local, o que causou grande revolta entre os operários, que relataram não ser essa a primeira vez que algo parecido ocorreu no canteiro.  ( http://cabuloso.xpg.uol.com.br/portal/videos/view/discussao-termina-em-morte-na-usina-de-jirau-ro e  https://www.youtube.com/watch?v=MOO51642zVI )

+ 05/05/2011- Antônio de Meneses Rocha, de 25 anos, carpinteiro maranhense, teve a cabeça esmagada por uma peça que caiu nas instalações do vertedouro, UHE Jirau.  ( http://reporterbrasil.org.br/2011/05/operario-maranhense-morre-na-hidreletrica-de-jirau/ )

+ 02/2011 – João Batista dos Santos, morreu em acidente com grua, UHE Jirau.                                      ( http://fsindical.org.br/new/imprimir.php?id_conteudo=11899 )

+ 11/01/2011 – Bruno Alexandre Queiroz Martinho, 25 anos, natural de Manaus, Amazonas, trabalhador da Odebrecht, esmagado por um guindaste, UHE de Santo Antônio.    ( http://fsindical.org.br/new/imprimir.php?id_conteudo=11899 e http://betobertagna.com/2011/01/09/reporter-brasil-denuncia-aliciamento-associado-as-obras-no-rio-madeira-ilude-migrantes/ )

+ 31/12/2010- Erivaldo dos Santos Pinho – esmagado por um elevador que se desprendeu de uma usina de asfalto na BR – 364   ( http://www.rondoniaovivo.com/noticias/usinas-seis-mortes-em-menos-de-um-ano-nas-usinas-do-rio-madeira-confira-relacao-e-estatistica/73579#.U_SrgMVdVRo )

+ 17/07/2010 – João Edcarlos Sá de Jesus faleceu após ser atingido por queda de um equipamento que lança concreto, conhecido como autobomba, na UHE Santo Antônio. Outros sete operários ficaram feridos.                                    ( https://www.youtube.com/watch?v=YuMoY62O8tg  e http://reporterbrasil.org.br/2010/07/um-operario-morre-e-tres-ficam-feridos-em-acidente-na-usina-santo-antonio/ )

+ 21/07/2010 – Francisco da Silva Melo, esmagado pelas engrenagens da máquina alimentadora da correia de uma britadeira, na UHE Jirau.

O operário Francisco da Silva Melo teve parte do corpo preso às engrenagens da máquina alimentadora da correia de uma britadeira terciária e foi triturado devido a falta de condições de segurança

( http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/usina-mpt-rondonia-investiga-acidente-com-morte-no-canteiro-de-obras,17705.shtml )

+ 23 /05/ 2010 – Niosvaldo Santos Silva – morto nas obras da BR 364.                                                                                                                 ( http://www.rondoniaovivo.com/noticias/usinas-seis-mortes-em-menos-de-um-ano-nas-usinas-do-rio-madeira-confira-relacao-e-estatistica/73579#.U_SrgMVdVRo )

+ 05/2010 – Valter Souza Rosa, fulminado por choque elétrico; UHE Jirau.                                                    ( http://www.rondoniagora.com/noticias/homem-morre-eletrocutado-no-canteiro-da-usina-de-jirau-2010-05-28.htm )

+ 2010 – Renan Ambrósio , 22 anos, morreu em um acidente com uma voadeira que  foi resgatar  galões de  combustível, a voadeira sofreu uma pane e ele foi  levado pelas aguas e morreu  afogado no Rio Madeira, na UHE Santo Antônio. ( http://orondoniense.com.br/textos.asp?cd=28744 )

+ 04/2013 – Operário morto em Alto Paraiso, Rondônia – De acordo auditor fiscal da Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego em Rondônia  Danilo Felix, além da morte de Afonso da Costa Feitosa Filho, já relatada acima, por queda de árvore em Cacaulândia, ocorreu a morte de um segundo operário pela mesma causa em Alto Paraíso em serviço de instalação do linhão de transmissão da Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.  ( Fonte: www.portalamazonia.com.br/editoria/cidades/mortes-de-peruanos-no-interior-de-rondonia-alertam-para-medidas-de-seguranca/ )

+ Dois operários mortos no Mato Grosso – O MPT-MT aponta 7 mortes em obras de instalação da linha de transmissão de energia elétrica no estado, sendo que as outras cinco (2 em incêndio de alojamento, em 13/05/2013,  e 3 por queda de torre de transmissão, em 08/05/2012) já foram relacionadas acima. ( Fonte: http://www.prt23.mpt.gov.br/procuradorias/ptm-caceres/144-gigantes-do-setor-de-energia-serao-fiscalizadas-a-pedido-do-mpt-sete-mortes-de-trabalhadores-ja-foram-computadas )

Operários coagidos por repressão militar/policial

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