2015-06-19

Aventura nas alturas. Para quem gosta, o Paraná é o lugar certo. No Parque Estadual Pico Paraná fica o ponto mais alto do Sul do País, 1.877,39 metros acima do nível do mar. Um cenário rodeado pela Serra Ibitiraquire e montanhas encravadas no trecho de floresta atlântica mais bem conservado do Brasil.

O parque e redondezas atraem montanhistas e aventureiros de todos os lugares, que trilham o cenário descoberto pelo pesquisador alemão Reinhard Maack em 1940. Do topo do Pico Paraná é possível avistar todo o conjunto de serras e as baías de Paranaguá e Antonina, além de Curitiba e região.

Da entrada principal do parque, no município de Campina Grande Sul, a caminhada até o cume leva de seis a 10 horas e exige uma boa dose de preparo físico, além de outras precauções. “Apesar de deslumbrante, o Pico Paraná também é um local selvagem e uma alta montanha e deve ser explorado por visitantes com preparo para este tipo de ambiente ou que sejam guiados por pessoas experientes”, alerta o gerente do parque, Harvey F. Schlenker.

Para quem tem pouca ou nenhuma experiência com esse tipo de turismo, a recomendação de Schlenker é procurar clubes de montanhismo e organizar passeios em grupos ou mesmo para pedir indicação de um guia experiente. “Estes clubes sempre têm programação de atividades na montanha. Além de mais segurança, é a oportunidade de fazer um passeio ao lado de pessoas que têm grande conhecimento e informações bacanas sobre o local”, diz o gerente do parque.

Com quatro mil hectares, o Pico Paraná fica entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul. Sua área faz divisa com duas outras Unidades de Conservação estaduais. Ao Sul com o parque da Graciosa e ao Norte e com o parque Roberto Ribas Lange.

A mata é exuberante e densa, de rara beleza, colorida e cheia de sons e nuances. A floresta formada por arbustos, xaxins, trepadeiras e os mais variados tipos de bromélias, orquídeas e samambaias convivem com árvores de mais de 30 metros de altura, como o cedro, a canjarana, a figueira-branca, a canela-preta e o sassafrás. Em diferentes épocas do ano a floresta fica ainda mais bela, quando guapuruvus, guaricicas e quaresmeiras se cobrem de flores.

No coração deste ambiente, vivem bugios, serelepes, pacas, ouriços, quatis, cutias e jaguatiricas que deixam pegadas por toda a floresta e podem ser observados à distância. São, ao todo, 71 espécies, muitas delas ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e a suçuarana.

SERVIÇO

Parque Estadual Pico do Paraná

Como chegar: pela BR 116, passando o posto Tio Doca, entre à direita na ponte do rio Tucum. Siga cerca de 6 quilômetros até a Fazenda Pico Paraná ou Fazenda Rio das Pedras, que estão no final da estrada e onde começa a trilha de acesso ao parque.

Telefone: (41) 3213-3776

DICAS DE SEGURANÇA

Evite andar em grupo muito grande ou sozinho. Grupos menores são mais seguros e proveitosos. Sempre andar com cuidados, evitando acidentes com animais selvagens ou insetos. Cobras, aranhas e lagartas provocam acidentes graves.

Avalie seu condicionamento físico antes de iniciar o passeio. Consulte as distâncias e os graus de dificuldade.

Escolha sempre as primeiras horas da manhã para iniciar o passeio.

Leve na mochila uma lanterna e pilhas reserva.

Tome cuidado com precipícios, cachoeiras e travessias de rios.

Sempre avise amigos ou familiares do seu destino e roteiro. Isso ajuda muito em caso de buscas e apoio.

Não destrua sinais ou outras marcações de trilhas. São fundamentais para a segurança dos visitantes. Evite sair das trilhas principais para não correr o risco de se perder. Caso se perca, pare e aguarde socorro, pois procurar a saída pode levá-lo ainda mais longe.

Leve agasalho reserva, estojo de primeiros socorros, repelente, protetor solar, água e alimentos leves (barras de cereal, sanduíches naturais, sucos, frutas entre outras opções pessoais).

Não polua represas, rios e riachos com bronzeadores, protetores solares, sabonete ou xampu.

Não lave louça, talheres, roupas, entre outras coisas com detergentes.

Evite coletar plantas, pedras, artefatos arqueológicos.

Recolha o lixo, assim o local fica limpo para os próximos visitantes e não há danos ao meio ambiente e à fauna local.

Faça silêncio o maior tempo possível. Os ruídos afastam a fauna que você poderia observar.

Margens de rios e cursos de água são de preservação permanente, portanto conserve-as intactas.

Deixe no ambiente o que é da natureza do local: animais, flores, rochas, frutos e sementes. Para sua recordação, tire fotografias.

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