2012-08-20

Brazilian Shipbuilding and Offshore Atracts Global Interest - Indústria naval brasileira desperta interesse mundial



Estaleiro Atlantico Shipyard in Pernambuco

A indústria naval do mundo inteiro e os fabricantes de equipamentos para o setor acompanham com interesse o mercado que mais tem se desenvolvido nos últimos anos, tanto na construção de navios como nas encomendas de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo, na camada pré-sal. "Todo o empresariado e comércio marítimo internacional estão de olho no Brasil, porque somos o mercado que mais cresce", disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça.

The shipping industry worldwide and manufacturers of equipment for the industry  are following with interest the market that has developed in more recent years, both in shipbuilding and in orders for rigs and platforms for offshore oil exploration in the pre- salt. "Every international maritime company in the business is eyeing Brazil, because we are the fastest growing market," said the president of the Brazilian Association of Shipbuilding and Offshore (Abenav), Augusto Mendonça.

According to him, "the country's shipbuilding industry is booming and will help in the recovery of industry in general." As an example, he mentioned that in the heyday of the shipbuilding industry in Brazil, in the 1970s, shipyard s employed 40,000 people; currently are 60 thousand direct jobs and "we will pass 100 000 within three years at most," mainly from the ongoing construction of seven more yards.

Segundo ele, “a construção naval do país está em franca expansão e vai ajudar na recuperação da indústria em geral”. Como exemplo, citou que na época áurea da indústria naval no país, na década de 1970, os estaleiros empregavam 40 mil pessoas; atualmente, são 60 mil empregos diretos e “vamos ultrapassar 100 mil dentro de três anos, no máximo”, em razão, principalmente, da construção em andamento de mais sete estaleiros.

A frota brasileira contabiliza 397 embarcações (navios de longo curso, de cabotagem e de navegação interior), mas a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) estima demanda para mil embarcações até 2020. Necessidade, portanto, de mais 600 embarcações, principalmente para atender a exploração marítima de petróleo e gás. A demanda exige investimentos de aproximadamente R$ 55 bilhões nos próximos cinco anos, de acordo com estimativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

The Brazilian fleet counts 397 vessels, long haul, coastal and inland, but the National Agency for Waterway Transportation, Antaq, estimates a demand for a thousand vessels by 2020. The 600 additonal vessels needed would mainly to cater to offshore oil and gas activities. Demand requires investments of approximately U.S. $ 55 billion over the next five years, according to estimates by the National Bank for Economic and Social Development, BNDES.

The Antaq figures show that Brazil currently has the fourth largest fleet in the world and is third  in production in the market, as a result of reactivation made possible by financial stability and by the political decision to recover the shipping industry. The sector that was "severely sacrificed" in the 1980s and 1990s because of political and economic problems that led even the end of one of the world's leading shipping companies, Lloyd Brasileiro, recalls the nautical officer of Vale SA, Luiz Gustavo Cruz.

Os números da Antaq mostram que o Brasil tem hoje a quarta maior frota do mundo e é o terceiro mercado em produção, já como resultado da reativação possibilitada pela estabilidade financeira e pela decisão política de recuperar a indústria naval. Setor que foi “duramente sacrificado” nas décadas de 1980 e 1990 por causa de problemas políticos e econômicos que determinaram, inclusive, o fim de uma das maiores empresas mundiais de navegação, a centenária Lloyd Brasileiro, lembra o oficial náutico da Vale do Rio Doce, Luiz Gustavo Cruz.

Hoje, porém, os tempos são outros, e os estaleiros voltaram à ativa com mais investimentos e reativação da navegação de cabotagem (costeira), durante anos relegada ao abandono. O cenário de agora mostra que “a indústria naval está preparada para crescer, porque existe mercado, temos incentivo governamental, apoio da Petrobras e participação do sistema financeiro”, comemora Augusto Mendonça.

Times have changed, and the yards have returned with more investments and reactivation of cabotage or coastal shipping, for years relegated to abandonment. The scenario now shows that "the shipping industry is poised to grow because the market exists, we have government support and the participation of Petrobras and the financial system", says Augusto Mendonça.

In his opinion, the Program for Modernization and Expansion of the Fleet, Promef, launched in 2004 by Transpetro, a subsidiary of Petrobras, was largely responsible for the revitalization of the Brazilian shipbuilding industry, from the order of 49 vessels at Brazilian shipyards, with a requirement of at least 65% Brazilian parts and materials, and investments of $ 10.8 billion by 2016. That schedule was reinforced three months ago, when Petrobras announced investments of $ 180 billion by 2020, for construction of 105 production platforms and drilling rigs, 542 support vessels  and 139 tankers.

Na opinião dele, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), lançado em 2004 pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, foi o grande responsável pela revitalização da indústria naval brasileira, a partir da encomenda de 49 embarcações a estaleiros nacionais, com índice de nacionalização mínima de 65% e investimentos de R$ 10,8 bilhões até 2016. Cronograma reforçado há três meses, quando a Petrobras anunciou investimentos de US$ 180 bilhões, até 2020, para construção de 105 plataformas de produção e sondas de perfuração, 542 barcos de apoio e 139 petroleiros.

These plans are to secure the future of the shipping industry, but the industry already has the scoop that Petrobras´ Promef was subsequently taken over by the Brazilian Government´s Growth Acceleration Program , PAC. The Maua shipyard in Niteroi, has already delivered the vessels Celso Furtado and Sérgio Buarque de Holanda, and the Atlântico Sul Shipyard in Pernambuco, delivered the ship João Cândido to Petrobras, in late May, albeit with a delay of 20 months. Petrobras´ Transpetro expects to receive three more ships later this year.

Esses são planos para garantir o futuro da indústria naval, mas o setor já tem o que colher do Promef, posteriormente encampado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Estaleiro Mauá, de Niterói, já entregou os navios Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco, lançou ao mar o navio João Cândido, no final de maio último, com atraso de 20 meses em relação ao prazo combinado. A Transpetro espera receber mais três navios ainda este ano.  Agência Brasil é do Diario de Pernambuco



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